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ANA SEBASTIAN
( COLÔMBIA )

 

 

Ana Sebastian é ilustradora e artista de desenvolvimento visual e vive na Espanha.

Estudou Belas Artes na Universidade de Zaragoza e na Université Michel de Montaigne, Bordeaux. Ela se especializou em ilustração digital e completou sua formação com mestrado em ilustração digital para arte conceitual e desenvolvimento visual. Seu trabalho é focado em cores e luzes. Ela trabalha com seu iPad Pro em seu estúdio, mas às vezes você pode encontrá-la trabalhando em cafeterias, nas montanhas ou perto do mar. Ela também gosta de trabalhar com lápis de cor e aquarela. Quando ela não está desenhando, você pode encontrá-la lendo, praticando ioga ou viajando.

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  - TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

POESIA SEMPRE. Minas Gerais.  Número 5.  Ano 3    Editor Geral: Marco Lucchesi.       Rio de Janeiro: MINISTÉRIO DA CULTURA / Fundação BIBLIOTECA NACIONAL, 1995.   242 p.   

                                    Exemplar biblioteca de Antonio Miranda


Dudas

En el invierno de Den Haag
Benedictus Spinoza
se preguntaba   ¿Hay tiempo en
la eternidad?
y pulia lentes
con manos chuecas
y se decía en la eternidad no existe el
tiempo
y pulia pulia con paciencia
bajo la luna rosa
que se parecía a un sol
en ese invierno
y maldecía a Dios
cuando las lentes se rompían
en las manos chuecas
cuando las holandesas de tetas
revoloteantes pasaban sus lentes
con hilaridad
moviendo sus tetas en revoltijo
y nadie sabía si puteaba
por las lentes
por las holandesas
por las tetas o por Dios
y nadie supo nunca
si ése era el motivo
por el que vomitaba a Dios en secreto
y se decía a los rabinos
impasibles que Dios será naturaleza
por estas lentes que se
rompían en sus manos  chuecas
por designio divino natural
o por las tetas tan naturales
le provocaban vómitos a Dios
o una gran hilaridad
o si era porque veía esas tetas
miliplicadas en la seriedad de las astillitas
de tetas inalcanzables que se le quedaban
en las manos en revoltijo y lo lastimaban
mientras el invierno caía
y él era el vómito de Dios
y no hacía otra cosa que pulir lentes
que se astillaban y los rabinos
casi lo condenan a la hoguera
sin remedio
y mis tetitas astillaron tus manos como lentes
en derrota.


Castigos

H
oy es domingo en el cielo
y a esta altura de la muerte
mi madre le estará planchando
las camisas a dios
y dios como es domingo escuchará futbol
y desoirá los rezongos
de mi madre
y la amenazará con un
infierno mayor  que el de planchar
camisas celestes
y mi madre  fruncirá la frente
y puteará por atrás
y se acordará de mi puteando
de amor por teléfono de mi sin alma
de costurerita
de planchadorcita
y sin que dios se dé cuenta
le pondrá una vela
a mi alma que es del bando de los vencidos
y dios indiferente a las arrugas de mi alma
seguirá discutiendo si ese gol
era o no un orsai.
 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA


Dúvidas

No inverno de Den Haag
Benedictus Spinoza
se preguntava   Existe tempo na
eternidade?
e polia lentes
com mãos tortas
e se dizia na eternidade não existe o
tempo
e polia polia com paciência
debaixo da lua rosada
que parecia com um sol
nesse inverno
e maldizia a Deus
quando as lentes se rompiam
nas mãos tortas
quando as holandesas de tetas
esvoaçantes passavam suas lentes
com hilaridade
movendo suas tetas na confusão
e ninguém sabia se reclamava
pelas lentes
pelas holandesas
pelas tetas ou por Deus
e ninguém soube jamais
se esse era o motivo
pelo qual vomitava a Dios em segredo
e se dizia os rabinos
impassíveis que Dios será natureza
por estas lentes que se
rompiam em suas mãos tortas
por desígnio divino natural
ou pelas tetas tão naturais
que provocavam vômitos em Deus
ou uma grande hilaridade
ou se era porque via essas tetas
multiplicada por mi na seriedade das lascas
de tetas inalcançáveis que ficavam em suas
mãos em confusão e o lamentavam
enquanto o inverno caía
e ele era o vômito de Dios
e não fazia outra coisa além de polir lentes
que se fragmentavam e os rabinos
quase o condenam à fogueira
sem remédio
e meus peitos estilhaçaram tuas manos como
lentes em derrota.


Castigos

H
oje é domingo no céu
e a estas alturas da morte
minha mãe estará passando
as camisas de deus    
e deus como é domingo assistirá futebol
e ignorará os resmungos
de mimha mãe
e a amenaçará com um
inferno maior que o do ferro de engomar
camisas celestes
e minha madre  franzirá a testa
e vadiará por trás
e lembrará de mim zombando
do amor por telefono de mim sem alma
de costureira
de passadeira
e sem que deus se dê conta
porá uma vela
em minh´alma que é do bando dos vencidos
e deus indiferente às rugas de minha alma
seguirá discutindo se esse gol
era ou não um orsai.
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Uma comuna francesa no departamento de Essonne, na região da Ilha de França

 

 

 

 

Uma comuna francesa no departamento de Essonne, na região da Ilha de França

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Página publicada em agosto de 2024


 

 

 
 
 
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